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#1. Requalificar para a Transição

Um dia por semana para requalificação profissional nos sectores poluentes

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Um dia por semana dedicado à formação profissional para os trabalhadores dos sectores poluentes, paga pelas próprias empresas


NOVIDADES



O QUE PROPÕE ESTA MEDIDA


Para atingir uma economia baseada em 100% energias renováveis, será preciso fechar as infra-estruturas de combustíveis fósseis, como as centrais termoeléctricas, as centrais de gás ciclo-combinado e as refinarias. Há milhares de pessoas a trabalhar nestas empresas e comunidades que dependem do rendimento destes empregos. Algumas destas pessoas vão ser reformadas nos próximos 15 anos (a duração da implementação dos Empregos para o Clima) e outras podem ter reformas antecipadas negociando com as suas empresas. Ainda outras vão manter-se activas. Temos que preparar estes trabalhadores para uma economia de baixo carbono e esta preparação deve começar já.

Um dia por semana, estes trabalhadores devem frequentar um centro de formação profissional (em vez do local de trabalho) [1] para ganhar conhecimento nas áreas como energias renováveis, eficiência energética e transportes públicos. O conteúdo desta formação dependeria da área em que já tivessem experiência e das necessidades da comunidade local.

Financiamento

Estas formações devem ser pagas directamente pelas empresas petrolíferas. Aliás, como várias destas empresas já têm algum investimento nas energias renováveis ou eficiência energética, podem simplesmente aproveitar o conhecimento organizacional e criar módulos de formação interna para a transição.

Com esta meta, teríamos dezenas de milhares de trabalhadores qualificados em 4-6-7 anos. Durante este período, o governo deve planear a transição concreta para estes trabalhadores e negociar com os sindicatos de modo a atingir um equilíbrio justo entre reformas antecipadas e novos postos de trabalho.


[1]              Baseando-nos nos cursos do IEFP vemos que estes têm uma duração de 1200 a 1560 horas. Considerando 45 semanas por ano e um dia de trabalho de 8 horas (ver proposta 9 neste documento), ao fim de 4 anos os trabalhadores terão cumprido 1440 horas de formação e estarão aptos a transitar para um emprego na indústria de energias renováveis. Alguns dos trabalhadores que já possuíssem competências directamente transferíveis para as novas áreas necessitariam de menos tempo, e poderiam assim ocupar as novas posições mais rapidamente.